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Introdução

Transporte

O Brasil tem o quarto maior sistema de rodovias no mundo, com mais de 1,7 milhões de quilômetros de estradas, dos quais apenas cerca de 10% é pavimentada. Rodovias são os principais meios de transporte do País, tanto em número de passageiros transportado, quanto em circulação de mercadorias. Estima-se que anualmente mais de 1,2 bilhões de pessoas viajam nas rodovias brasileiras, em comparação a 140 milhões de viajar via aérea.

Enquanto o Sul e Sudeste do Brasil estão bem conectados por estradas pavimentadas, já a região norte é menor devido à presença da floresta amazônica.

As principais rodovias pavimentadas brasileiras são operadas por empresas concessionárias privadas, portanto têm pagamento de pedágio. O sistema de rodovias de São Paulo é o maior em todo o País.

O sistema de transporte rodoviário no Brasil, com quase 35.000 km de estradas. Cerca de 4% deste sistema consistem em rodovias federais, 33% municipal e 63% do estadual. Em meados da década de 90, o governo privatizou o controle do estado das rodovias pavimentadas, em uma tentativa de gerar receitas extras e melhorar as condições das estradas. Atualmente as três principais concessionárias de estradas são de capital aberto, sendo a CCR, Ecorodovias e OHL Brasil.

O crescimento das empresas de pedágio está vinculado às perspectivas de crescimento. Além disso, dado que as tarifas de pedágio estão contratualmente ajustada pela inflação, uma vez por ano (IPCA, IGP-M ou uma cesta de índices), as empresas de pedágios são vistas como na defensiva em momentos de alta inflação. A privatização de rodovias no Brasil começou em 1995, com o Programa Brasileiro de Concessão de Rodovias e o leilão da Ponte Rio-Niterói, atualmente controlada pela CCR. Naquela época, por causa das incertezas a respeito do ambiente macroeconômico e dos indicadores, a TIR média dos projetos sofreu um deságio de 17%-18% reais. No entanto, os leilões federais realizados em Outubro de 2007 foram um marco para o setor de rodovias. A média IRR de deságio real caiu para 8%-9%, refletindo o marco regulatório consolidado e, principalmente, de baixa das barreiras de entrada devido ao modelo de concessão adotado pelo governo, que estimulou a concorrência.

Na nossa opinião, há espaço para uma ligeira retomada da IRR para os próximos leilões de estrada e pedágio. O objetivo do governo é transferir os principais riscos para as empresas privadas (como visto no leilão mais recente Rodoanel, em que as empresas foram responsáveis   pelos custos de estudos e projetos ambientais relacionados), e os riscos maior demanda retornos mais elevados.

Viagens aéreas estão crescendo rapidamente no Brasil. Há mais de 4.000 aeroportos no país, com a maioria de propriedade do governo. Em 2010, os aeroportos brasileiros lidaram com quase 138 milhões passageiros domésticos e cerca de 16 milhões passageiros internacionais. Carga transportada por via aérea utilizando os aeroportos foi quase 1.12M toneladas.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é o maior aeroporto do Brasil, com uma capacidade para 20,5 milhões de passageiros. Em 2010, ele operou a 130% da capacidade, transportando 26.7 milhões passageiros (23% a/a). O Aeroporto de Congonhas, também em São Paulo, é a segunda maior, com capacidade de passageiros 12m. Ele operou a 129% da capacidade em 2010 (+13% a/a).

O setor ainda deverá ser privatizado, na mesma linha das privatizações / concessões vistas no setor de estradas. Com o forte crescimento observado no passar dos anos e da proximidade de eventos esportivos, como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o setor deverá receber investimentos maciços, de governo e entidades privadas.

TAM SA e Gol Linhas Aéreas são as duas maiores companhias aéreas no Brasil. Em 2010 a primeira tinha participação de mercado interno equivalente a 42,8%, enquanto a última teve 39,5%.

O crescimento de passageiros e de carga transportada por via aérea é o principal impulsionador do setor de aeroportos. Esperamos a privatização e concessão de aeroportos serem o principal tema em um futuro próximo, com a possível privatização da autoridade aeroportos (Infraero) com o objetivo de apoiar o crescimento contínuo.

Cerca de 15 dos 20 maiores aeroportos mais movimentados do Brasil estavam funcionando acima da capacidade em 2010. Para melhorar a qualidade nos aeroportos, dado o enorme crescimento no tráfego aéreo que estamos assistindo, o governo precisa investir mais dinheiro para atualizar a infra-estrutura.

No passado, o ex-ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobin, indicou que o governo brasileiro pode vender ações de sua autoridade aeroportuária, conhecida como Infraero, para apoiar o crescimento contínuo do tráfego e se preparar para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. A Infraero administra 67 aeroportos no Brasil, que juntos respondem por 97% do tráfego aéreo no País. No entanto, apenas 10 aeroportos, segundo o governo, são rentáveis.